domingo, 9 de junho de 2013

Dramatização para a Festa Junina

Óia a onça
Narrador - Eu vô contá procês um causo que aconteceu lá na minha terra. Toinho era um menino que adorava contá mentira. Toda vez que tinha oportunidade ele gostava de pregá peças nos outros.
Toinho - (Para uma moça que colocava roupa no varal) Moça! Moça! Tá vindo uma tempestade arretada. Já tá tudo escuro pras bandas de lá.
Moça - (Tira a roupa rapidamente) Vixe, minha nossa senhora! Agradecida menino.
(Toinho vai embora rindo e encontra algumas crianças brincando de roda - podem cantar uma ou duas cantigas de roda, enquanto são observadas pelo menino.)
Toinho – Gente, cuidado, tá vindo um monte de abeia nessa direção. (Crianças correm e se escondem, Toinho sai rindo)
Criança 1 – Ué, cadê as abeia?
Criança 2 – Num tem nadica de nada.
Criança 3 – O Toinho tá mangando de nóis.
Criança 1 – Que coisa feia!
Criança 2 – Ele inda vai se dá mal.
Narrador – Mas Toinho só queria se diverti. E como ele se divertia pregando peças nos outros! Um dia teve um grande piquenique perto do rio. Todos foram brincá e aproveitá o dia.
Toinho – Vou pregá uma peça daquelas nesse mundaréu de gente.
Narrador – Enquanto todos aproveitavam o dia, Toinho nadou bem pro meio do lago.
Toinho – Socorro! Tô me arfogando. Acudam eu, acudam eu!
Mãe – Ai, meu fio tá se arfogando. Acudam!
(Várias pessoas correm e tiram Toinho do lago. Ele começa a rir e vai embora.)
Mãe – Esse menino num tem jeito! Que vergonha!
Pessoa 1 – Era tudinho mentira. Agora nóis tá moiado.
Pessoa 2 – Êta moleque arretado.
Narrador – Um dia, brincando no quintar de casa, Toinho leva um baita susto.
(Toinho brincando dá de cara com uma onça e fica muito assustado)
Toinho – Ai, Padim Ciço, é uma onça! Mainha, socorro é uma onça!
Mãe – (Dentro de casa arrumando a cozinha) Lá vem esse menino com história de novo. (Grita para Toinho) Num tem nada fio, é só sua imaginação!
Toinho – (Corre até onde tá o pai) Painho tem uma onça no quintar.
Pai – Deixa de lorota, menino. Seu pai precisa trabaiá.
Toinho - (Desesperado começa a gritar) Óia a onça! Óia a onça! (As pessoas passam e nem ligam pra ele. E Toinho corre com a onça atrás dele.)
Toinho – Socorro! Socorro!
Narrador – E foi assim que o menino Toinho aprendeu a lição. Desse dia em diante nunca mais contou nenhuma mentira.