sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

IV Encontro de Educadores

Queridos amigos, no dia 13/01/2012 estarei no IV Encontro de Educadores promovido pelo PPD (Projetos Pedagógicos Dinâmicos).

Falarei sobre o Teatro na Educação, prática essa que é pouco usada e tão mal compreendida nas escolas. Passarei um pouco da minha experiência com o jogo dramático e os jogos teatrais e, claro, vamos vivenciar muitas coisas.

Quem puder ir, com certeza vai aproveitar bastante. Afinal, temos que estar sempre nos reciclando e nos recriando.

Um ótimo 2012 para todos.

domingo, 27 de novembro de 2011

O verdadeiro sentido do Natal


A dramatização a seguir é bem simples, ótima para quem quer apresentar alguma coisa no final do ano e deixou tudo para cima da hora ou para quem trabalha com crianças da Educação Infantil, que tem um tom de voz baixo. As falas são em grupo ou espontâneas, sendo que as últimas não atrapalham o entendimento da história se forem faladas baixo. O importante é que a criança fique à vontade, gostando de participar. Trabalho também com sons variados, baixados na internet.

O verdadeiro sentido do Natal

Narrador - Na época do Natal as lojas vivem cheias, o shopping lotado. Gente andando para lá, para cá. É assim que encontramos várias pessoas na correria pelos melhores presentes.

Entram todas as crianças, se possível pelos dois lados e começam a andar rápido e a falar todas ao mesmo tempo:
- Preciso achar um presente lindo!
- O que eu vou comprar?
- As lojas estão cheias.
- Que confusão!
- Daqui a pouco as lojas fecham.

Narrador - Mas alguma coisa vai acontecer e mudar esse Natal para sempre.

Som de um apito. As crianças congelam.

Narrador - Ganhar e dar presentes é muito bom, mas o Natal não é só isso. Contudo, para as pessoas perceberem, às vezes é preciso uma ajuda extra.

Enquanto fala, o narrador coloca um envelope nas mãos de algumas crianças. (Som de apito - voltam a se mexer. As crianças que estão com o envelope, olham o seu conteúdo)

Crianças da carta - Achei, achei, uma carta do Papai Noel!

Todos - Papai Noel?
Crianças da carta - Ele quer a nossa ajuda.

Narrador - Então, pegando o trenó mágico que o Papai Noel mandou para buscá-los, (todos entram no trenó) eles vão direto para o Polo Norte. No caminho passa um helicóptero tão baixo que quase bate no trenó (som de helicóptero - crianças se abaixam).

O tempo está mudando, parece que vem uma tempestade. Começa a ventar (som de vento - crianças balançam de um lado para o outro). E chega a tempestade. (som de trovões e chuva - eles se assustam e se protegem)

Finalmente a tempestade para e o trenó chega ao Polo Norte. (Descem, olham em volta)

Lá faz muito frio (se abraçam, tremem). O resto do caminho tem que ser feito a pé. Já é quase Natal, é melhor correr. (Correm)

Depois de muito andar, estavam exaustos. (som de coração batendo - crianças ofegantes) Eles avistam um pinheiro de Natal feio, sem enfeites. Será que era para isso que o Papai Noel queria ajuda? Mas já é tarde, todos estão cansados, a viagem foi longa,vamos dormir.

Crianças - Boa noite!
Música Noite feliz. Um de cada vez ou em dupla levantam, colocam um enfeite na árvore e voltam a dormir. Quando a música termina, toca o despertador e as meninas acordam, se espreguiçam, dão bom dia.

Narrador - É hora de acordar. Acho que tem gente que tem o sono muito pesado e precisa de ajuda. (som da alvorada - meninos acordam assustados) O pinheiro está enfeitado, já é Natal, mas acho que não é isso que o Papai Noel queria. Eles têm uma ideia. (crianças cochicham em roda) Acho que descobriram!

Todos - É isso!

Narrador - Descobriram o verdadeiro sentido do Natal.

Música - Então é Natal - Simone As crianças vão para o fundo, colocam o gorro do Papai Noel e ficam uma ao lado da outra. Durante a música, uma de cada vez vai na frente, abre uma caixa de presente, tira um cartaz, volta para o seu lugar, mostrando a palavra para o público. Dependendo do número de crianças pode ser feito em dupla.

Escolhi as seguintes palavras: Amor, União, Esperança, Felicidade, Paz, Solidariedade, Fraternidade.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O chapéu mágico



O chapéu mágico faz você se transformar em qualquer coisa: um leão, uma noiva, um dragão, uma estátua de pedra, um príncipe no cavalo ou o que a sua imaginação deixar.

O professor coloca o chapéu no chão, no centro da sala e pede aos alunos que caminhem pelo ambiente do jeito que quiserem - rápido, devagar, de costas, de mãos dadas.

Ao sinal, quem estiver mais próximo do chapéu, o coloca e se transforma no que quiser. Os outros alunos observam e tentam descobrir o que é.

À medida que forem descobrindo ou quando se sentirem prontos, começam a imitar o colega ou a criar da sua maneira o que ele está fazendo. Se a pessoa que está com o chapéu imita um cavalo galopando, os outros podem fazer igual ou, se preferirem, um cavalo pastando, dormindo, etc.

Ao segundo sinal, o chapéu volta para o meio da sala e todos continuam caminhando livremente. A situação se repete até que todos tenham colocado o chapéu.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cavalinho de caixa de sabão em pó




O Dia das Crianças está chegando e, com ele, a preocupação dos professores em relação à lembrança dos seus alunos.

Comprar pronto, confeccionar? Qual seria a melhor alternativa? Muitos professores optam pela segunda opção, pois além de ter um toque personalizado, pode ser adaptado de acordo com o projeto que está sendo trabalhado.

Quantas vezes nos surpreendemos quando presenteamos um filho, sobrinho ou afilhado e vemos que ele gostou mais da caixa do que do próprio brinquedo. Pois é, a imaginação das crianças vai longe e elas não precisam de coisas caríssimas para se divertir.

Uma ideia diferente e que chama muito a atenção, por causa do bonito visual, é o cavalo feito com caixa de sabão em pó.

Quem nunca brincou de cavalinho quando era criança? Pode ter sido com um comprado pronto ou improvisado num cabo de vassoura, essa brincadeira está na lembrança de quase todo mundo. Presente também em muitos contos de fadas aonde príncipe e princesa vão embora montados num belo cavalo, esse brinquedo mexe com o imaginário popular.
Então, vamos aprender a fazê-lo?

Material necessário:
- 1 caixa de sabão em pó vazia
- papéis coloridos (cartolina, papel camurça, etc)
- cola
- fita crepe
- tesoura
- 1 elástico de escritório
- hidrocor
- lã ou papel crepom

Coloque a caixa numa posição em que a abertura da saída do sabão fique para baixo, pois aproveitaremos para colocar o cabo aí. Recorte a caixa de acordo com o desenho 1. Você vai recortar a parte da frente e as duas laterais, o único lugar que não corta é a parte de cima e a de baixo. Prenda as laterais do corte de cima com fita crepe na própria caixa, formando a cara do cavalo.

Faça um furo na parte de cima da caixa, amarre uma das pontas do elástico e a outra ponta na parte de baixo da caixa. Ele dará o movimento da boca. Veja a segunda foto.

Encape toda a caixa com o papel que preferir, cobrindo, inclusive os nós do elástico que ficam para fora. Corte um pedaço de lã de aproximadamente 6 cm e prenda na parte de baixo da boca. Quando você puxar esse pedacinho de lã, a boca abre e depois fecha sozinha com a pressão do elástico que está por dentro.

Agora é só completar com os olhos, orelhas, rédeas e tudo mais que a sua imaginação quiser. A crina é feita com pedaços de lã ou fitinhas de papel crepom. Quanto mais cheia a crina, mais bonita ficará.

O cabo pode ser de vassoura ou então faça um rolo grosso com várias folhas de jornal. Depois é só cobri-lo com papéis ou até durex colorido.
Agora é só dar asas à imaginação!

domingo, 14 de agosto de 2011

O longo caminho do teatro na educação


O objetivo do teatro na educação não é somente a formação de público, mas ele pode sim contribuir para uma plateia crítica, que interprete os signos de um espetáculo, buscando o estabelecimento de novas relações. Mas para isso acontecer deve ser feito um trabalho antes e outro depois da ida ao teatro ou da apresentação na escola. Com a familiaridade com os códigos teatrais os alunos terão conhecimento da linguagem cênica e maior abertura para assistir e debater uma peça.

O teatro na escola visa o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, contribuindo para a sua formação integral e preparando-o para o mundo que o cerca.

Infelizmente ainda vemos o teatro como mera representação de peças em datas comemorativas, onde o aluno repete um texto pronto e totalmente decorado, não havendo autonomia no fazer e nem espontaneidade nos seus gestos. Essa prática visa o resultado final e não o processo em si, dando ênfase ao exibicionismo e promovendo constrangimentos nas crianças mais envergonhadas.

Em algumas instituições há a formação de grupos que, segundo os professores, são compostos de alunos que têm talento ou levam mais jeito, excluindo os demais de uma participação efetiva.

Falta ao professor brasileiro tempo, ânimo e apoio para se aprofundar, debater e pesquisar, o que acarretaria uma maior estruturação dos fundamentos teórico-metodológicos. Um dos grandes desafios seria: como motivar um profissional para estudo e atualização quando ele trabalha o dia todo com turmas de em média 45 alunos? Por outro lado é necessário fazer com que os profissionais de outras disciplinas percebam a importância do teatro para o desenvolvimento global do educando.

O teatro nas escolas brasileiras ainda tem um longo caminho a percorrer, mas não é por isso que não daremos algumas engatinhadas, caindo e levantando, mas, tentando e aprendendo junto com os alunos.

sábado, 23 de julho de 2011

Como trabalhar com teatro na Educação Infantil



Um dos principais objetivos do teatro na Educação Infantil, é que ele possa ser espontâneo. Nada de textos decorados e repetidos. O aluno é que deve criar suas falas, usando a imaginação.


O primeiro momento é livre, onde eles exploram roupas e acessórios para compor os figurinos. Essa parte dura em média 15 minutos. Conforme eles definem o que usarão, sentam-se, aguardando os colegas.

Quando a maioria está pronta ou o tempo está se esgotando, é lembrado aos demais para concluírem essa etapa. O que sobrou é guardado e, de acordo com o combinado, não se pode pegar mais nada. Isso evita troca de roupas durante o jogo, interrompendo o grupo.

Cada criança conta para os colegas e para a professora “quem é”: nome do seu personagem, o que gosta de fazer e tudo o mais que achar importante. Observa-se que as crianças menores criam os personagens enquanto as maiores criam toda uma situação envolvendo o personagem e as relações que mantêm com os outros, combinadas anteriormente, como a menina de cinco anos que ao responder quem era, disse: “Eu sou a borboletinha que fica atrás da Branca de Neve, da fada, de todas as meninas. Eu cuido da Branca de Neve.”

Após todos se pronunciarem, conto uma história em que aparecem os personagens citados, em diferentes situações, enquanto as crianças dramatizam. Tudo pode ser tema para a história: desenhos feitos pelas crianças, lendas brasileiras, situações vividas na escola ou relatadas pelo grupo.

Em vários momentos elas próprias dão sugestões sobre o que querem fazer. As falas surgem espontaneamente, sendo, em alguns momentos, estimuladas com frases como: “Conte para eles o que aconteceu”; “O que está escrito no mapa?”; “Convide o seu amigo para ir ao castelo com você”; “Diga a todos o que tem para o jantar”.

Ninguém é obrigado a fazer ou falar nada que não queira, podendo a criança participar, sem necessidade de diálogo. O professor deve aceitar as sugestões dadas pelas crianças.

Ao perceber que a história caminha pela iniciativa dos próprios alunos, o professor pode parar de contar e deixar que as coisas se arranjem por si só.

Como não existe público, a formação dos grupos varia, dependendo no número de alunos e dos interesses deles, podendo todos se envolverem na resolução de um problema ou se dividirem naturalmente, cada um com seu interesse específico. Nessa idade nem todos aceitam se submeter à ideia dos colegas, querendo que as suas prevaleçam. Numa situação assim o professor pode deixá-los se dividirem naturalmente e, mais tarde, sugerir momentos em que todos possam estar novamente juntos, criando situações de integração dos sub-grupos.

É comum que as crianças nessa faixa etária comecem como um personagem e de repente se transformem em outro, quando isso ocorre, eles costumam avisar. Outro ponto notado é que eles combinam entre si o que vai acontecer ou as mudanças ocorridas. Como foi observado um menino de cinco anos avisando: “Eu sou o avô de vocês.” Enquanto seu colega de seis anos completava: “Avô, venha cá.”

A história pode seguir caminhos diferentes e é preciso flexibilidade e criatividade por parte do professor, já que o final vai sendo construído à medida em que ela se desenrola.

A aula deve finalizar de forma calma, de modo que todos voltem a se organizar e a se concentrar para a avaliação. Caso o grupo queira envolver o professor na brincadeira, vale a pena participar, tomando cuidado para não cortar a espontaneidade e nem se apropriar de uma brincadeira que é deles.


Retirado da Monografia O jogo dramático na Educação Infantil como base para o trabalho com teatro na escola, de Alessandra Mourão.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Pedido de uma criança aos seus pais



Tradução Quely de Barros

1) Não me estrague, sei bem que não devo ter tudo quanto peço, só estou experimentando você.

2) Não vacile em ser firme comigo. Prefiro assim. Isso faz com que eu me sinta mais seguro.

3) Não me corrija na presença de estranhos, se quer que isto seja eficaz. Aprenderei muito mais se me falar em particular.

4) Não me faça sentir que meus erros são pecados. Isso confundirá meu senso de valores.

5) Não me proteja das consequências, às vezes necessito aprender pelo caminho mais áspero.

6) Não leve muito a sério minhas pequenas dores, necessito delas para obter a atenção que desejo.

7) Não me faça promessas irrefletidas. Lembre-se que isto irá desapontar profundamente a mim.

8) Não se esqueça que não posso me expressar tão bem quanto desejo. É esta a razão porque não sou sempre preciso.

9) Não seja inconstante. Isto me confunde e me faz perder a fé.

10) Não me descarte quando faço perguntas. Se assim o fizer descobrirá que parei de fazê-las e estarei procurando as respostas em outro lugar.

11) Não me diga que meus temores são bobos. Para mim são profundamente reais e você muito poderá fazer para tranqüilizar-me tentando compreendê-los.

12) Não insinue que é perfeito ou infalível. Ficarei extremamente chocado quando descobrir que não o é.

13) Não pense que seria rebaixar ou diminuir sua dignidade pedir-me desculpas. Desculpas sinceras tornam-me surpreendente afetuoso.

14) Não esqueça que gosto de experimentar as coisas por mim. Por favor tolere-me.


Sei que talvez seja difícil para você atender a todos os meus pedidos, mas por favor faça o possível. Porque assim você estará me ajudando a crescer.